Depois de ser amarrado e amordaçado, taxista foi deixado em uma estrada rural há cerca de 200 metros da BR-153. Bandidos fugiram e não foram localizados
Da Redação, com reportagem Tadeu Stefaniak
Um taxista foi feito refém e teve o carro roubado no fim da noite de quinta-feira, 2, em Irati. Durante a ação criminosa, os bandidos amarraram e amordaçaram a vítima, que foi abandonada há cerca de 200 metros da BR-153, na localidade de Riozinho.
A vítima estava em um ponto de táxi na rua da Liberdade, em Irati, quando foi abordada por dois homens, por volta das 21 h. “Eles foram pedir corrida, mas eles [taxistas] que estava na minha frente falaram que não poderiam e passou pra mim. Eles queriam ir até o bairro Marcelo. Chegando lá, próximo de um lavador de carro, eles me abordaram encostaram o revólver na cabeça e anunciaram o assalto”, revelou o taxista, que concedeu entrevista ao repórter Tadeu Stefaniak.
Segundo a vítima, nem mesmo a presença de casas e da luminosidade grande no local impediu que os suspeitos praticassem o assalto. “Tudo iluminado, mas ninguém viu”, disse.
Quando chegava ao bairro Marcelo, o taxista foi surpreendido pelos bandidos, que amarraram suas mãos e pés, amordaçaram sua boca e o colocaram no porta-malas do carro. Os suspeitos circularam aproximadamente 45 minutos com o veículo e ameaçaram o taxista de morte por diversas vezes. “Me colocaram no banco de trás e mais pra frente perto da Cruz Vermelha, sentido Gonçalves Junior, me colocaram no porta-malas. Daí falaram que iam me matar e dar um tiro na cabeça. Foram mais pra frente me tiraram e colocaram no banco de trás. Depois viraram a volta e seguiram para a cidade [de Irati] até pegarem a estrada sentido Rebouças”, conta o taxista.
Quando seguiam na BR-153, sentido Irati-Rebouças, os bandidos amarraram a vítima na beira da estrada e amordaçaram sua boca. “Jogaram no barranco e sumiram. Isso foi há 200 metros da BR, fiquei sondando e seguiram sentido Rio Azul”, afirmou a vítima, que não foi agredida pelos suspeitos.
Os suspeitos roubaram o carro VW Voyage, um celular e R$ 190 em dinheiro da vítima. Depois de algum tempo, o taxista conseguiu se soltar e pediu ajuda em uma casa. “Eles me amarraram com uma camiseta velha. Então consegui me soltar, pois estava com uma jaqueta de couro. Fui trabalhando os braços, tirei da boca, pés, peguei atorei [sic] numa roça e sai numa casa. As pessoas estavam com medo e demoraram a atender”.
Conforme o taxista, os moradores da casa onde ele pediu ajuda também foram alvo de um assalto recentemente. Depois de recolher a vítima, os moradores acionaram a PM. A equipe da Rotam realizou buscas, mas não conseguiu localizar os autores do roubo.
O taxista revelou que já havia sofrido outro assalto há três anos. Mesmo assim, ele considerou que naquela oportunidade não ficou tão preocupado, pois os bandidos estavam desarmados. Segundo a vítima, as características dos suspeitos indicam que eles possuem idade entre 28 e 35 anos.
Esse foi o terceiro assalto recente a taxistas em Irati. Por isso, alguns profissionais solicitam que a PM volte a realizar abordagens aos taxistas. Segundo os próprios taxistas, essa prática auxiliava a segurança dos mesmos.
“Foi complicado, mas graças a Deus estou vivo. Se for para deixar mensagem peço que se cuidem porque é complicado. Nossa profissão é arriscada”, analisou o taxista.
Conforme informações do relatório da PM, um dos suspeitos trajava uma blusa de moletom com capuz azul e calça jeans da mesma cor, enquanto que o outro autor do roubo era moreno, magro e estava de calça jeans escura e blusa com capuz preta.