Iratiense localiza avô no Mato Grosso

Neta de Orlando de Lara conseguiu entrar em contato com ele e vive a expectativa…

06 de julho de 2015 às 13h00m

Neta de Orlando de Lara conseguiu entrar em contato com ele e vive a expectativa de conhecê-lo, pois os dois jamais se encontraram

Edilson Kernicki, com reportagem de Rodrigo Zub

Mais uma história de busca por familiares que perderam contato se aproxima de um final feliz: desta vez, a da iratiense Daniele de Souza, que reside no bairro Tucholka, e conseguiu novamente entrar em contato com o avô, Orlando de Lara, que hoje mora no Mato Grosso. Daniele procurou a rádio Najuá no final de 2014, depois de ouvir algumas histórias semelhantes, de ouvintes que buscavam por parentes desaparecidos e que, graças à divulgação no rádio e à cooperação de outros ouvintes, conseguiram ter informações sobre seus paradeiros.

“Meu avô sumiu há 54 anos. Ele teve um relacionamento com a minha avó, ela ficou grávida e ele nunca mais apareceu. Eu sempre dizia para minha mãe que queria encontrá-lo, pois ela não tinha o pai, nós não conhecíamos o avô. Porém, quando eu procurei a rádio, colocamos o nome dele como Orlando Ingles. Só que ele assina Lara hoje, e não foi encontrado”, relata Daniele.

As informações que a neta tinha a respeito do avô era a de que, na época que se envolveu com sua avó, morava na localidade de Marmeleiro, em Rebouças. Depois, saiu de lá para viver em Pitanga. “Meu pai foi essa semana até o Mato Grosso para buscar a mudança da minha irmã e resolveu passar em Pitanga para procurar e obter alguma informação. Passando lá, ele encontrou um sobrinho desse Orlando, que é o pai da minha mãe, meu avô”, prossegue.

De acordo com ela, esse sobrinho teria contado que o avô, depois que se mudou de Pitanga, foi embora para o município mato-grossense de Feliz Natal, a cerca de 500 km de Cuiabá, e passou o telefone de Orlando para que entrasse em contato e o endereço. “Mas meu pai tinha medo de ligar, pois quem sabe ele não quisesse nos conhecer ou não gostasse de termos procurado por ele”, afirma Daniele. Nesse dia, seu pai estava em São Gabriel (MT) e Daniele resolveu pedir a ele o telefone para que ela mesma ligasse.

“Liguei e comecei a perguntar da história, se era verdade que ele morou no Marmeleiro e tudo e ele foi confirmando. E desde aí começamos a conversar. Ele sempre nos tratou super bem. Está ansioso em nos conhecer e ficou até emocionado no dia que conversei com ele”, complementa. Segundo ela, para facilitar o contato, eles têm conversado através do Facebook: a irmã de Daniele acabou estreitando relações com as outras filhas de Orlando, que seriam suas tias. “Agora ele vai vir conhecer minha mãe e estamos esperando que seja o mais rápido possível, mas parece que ele quer fazer surpresa”, comenta Daniele, sobre a expectativa pelo encontro.

Daniele contou que o avô relatou que, na juventude, não fixava residência em nenhuma cidade e que “rodou o mundo”. “Até que aos 40 anos criou juízo e parou num lugar só. Mas ele morou até em Belém do Pará”, conta. Depois, Orlando casou e formou uma nova família, teve outros cinco filhos e atualmente está viúvo há cinco anos.

A avó de Daniele permaneceu todo esse tempo morando no Marmeleiro, na cidade de Rebouças, onde criou a mãe de Daniele. A neta de Orlando veio morar em Irati há sete anos, e hoje mora no bairro Tucholka, na região do Nhapindazal.

Quanto ao reencontro, inicialmente estavam combinando de que Orlando viesse para Irati ou Rebouças em outubro. Por conta da emoção e da ansiedade, o avô de Daniele demonstra querer vir o mais rápido possível e ela sugeriu que fosse no Dia dos Pais, em agosto, pois seria um presente emocionante para sua mãe reencontrá-lo numa data tão significativa. Orlando teria dito a Daniele que vai fazer o possível para vir, apesar do medo de viajar para longe por conta dos problemas de saúde: ele já teve um infarto e hoje toma remédios controlados. Por isso, depende que uma das filhas dele o acompanhe nessa viagem.

Segundo Daniele, a mãe dela no começo duvidou que tivessem realmente encontrado o pai, depois de 54 anos e passou a acreditar depois que viu fotos no Facebook e conversou com ele por telefone, tanto a mãe quanto a avó de Daniele, com quem toda essa história se iniciou.

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