Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária reforçam o alerta contra o Aedes aegypti

Somente nos primeiros quinze dias de 2016 já foram encontrados quatro focos do mosquito na…

16 de janeiro de 2016 às 08h37m

Somente nos primeiros quinze dias de 2016 já foram encontrados quatro focos do mosquito na cidade de Irati, onde já foram detectados também quatro casos suspeitos de dengue

Da redação, com reportagem de Paulo Henrique Sava e Rose Harmuch

O alerta contra o mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya foi intensificado em Irati pela Secretaria Municipal de Saúde e pela Vigilância Sanitária. De acordo com a secretária municipal de Saúde de Irati, Emanuelly Pinheiro, ao longo do ano de 2015, foram encontrados 57 focos de Aedes aegypti na cidade e foram notificados 30 casos de pacientes com suspeita de dengue. Entre as 30 notificações, quatro casos importados se confirmaram; 24 deram resultado negativo e dois ainda aguardam resultado, pois foram enviados no fim do ano passado.

Somente na primeira quinzena de janeiro de 2016, já foram detectados três focos de mosquito Aedes aegypti em Irati e foram enviadas quatro notificações de possíveis infecções. No entanto, nenhum dos exames retornou ainda para que se confirmem ou não os novos casos suspeitos. Segundo a agente da Vigilância Sanitária de Irati, Rosalina Ferreira dos Santos, as três notificações de suspeita de dengue chegaram simultaneamente, na semana passada, e se referem a pessoas que estiveram fora de Irati e viajaram para o litoral. Portanto, se confirmados, tratam-se de casos importados. Os resultados saem entre sete e 10 dias depois de feitos os exames.

“No entanto, não aguardamos os resultados chegarem para tomarmos providências. Recebemos a notificação e, logo em seguida, os agentes vão para campo e fazem o trabalho de pesquisa larvária, em todas as residências, num raio de 300 metros a partir da casa da pessoa que está com suspeita”, conta Rosalina. Nessas visitas, os agentes também avisam que vai ser realizada a aplicação de inseticida com a bomba costal, que só mata o mosquito em sua fase alada (adulto).

Mais um foco foi encontrado nesta semana. O que chama a atenção é que os focos se localizam em quatro bairros diferentes, distantes entre si. “Um foi próximo ao Clube Samuara, outro no Jardim Virgínia, outro no DER e o quarto no Centro. Encontramos um foco próximo à casa onde há notificação [de suspeita de dengue]. Nossa preocupação é a de evitar que o mosquito entre em contato com a pessoa doente”, pontua a agente da Vigilância Sanitária.

Emanuelly ressalta que ainda que Estado e Município desempenhem ações de combate à dengue, é fundamental que os cidadãos colaborem, mantendo sempre em dia a limpeza dos quintais a fim de evitar acúmulo de água parada onde o mosquito possa botar seus ovos. Também é necessário ficar atento aos bebedouros de animais e ao tratamento da água de piscinas.

Rosalina pontua que não há um local específico da cidade de Irati onde os focos se concentrem. Na verdade, eles estão disseminados por toda a cidade, conforme foi constatado no ano passado através da instalação de armadilhas em vários bairros. Nos últimos dias, a maior parte dos focos foi localizada no centro e adjacências, em locais onde se observa a circulação de automóveis e caminhões de outras cidades, que vêm descarregar mercadorias, por exemplo, ou mesmo em locais por onde passa a linha férrea.

Nos casos de residências que estão fechadas há muito tempo, para vender ou para alugar, a Vigilância Sanitária elaborou um termo e entrou em contato com todas as imobiliárias da cidade para que os acompanhem nas vistorias aos imóveis quando houver suspeita de ali haver focos de Aedes. Moradores das casas próximas podem comunicar a Secretaria de Saúde através do telefone 3907-3131.

Moradores de vários bairros têm reclamado à Vigilância Sanitária a respeito de valetas abertas nas ruas e sobre o risco de novos focos. Essas valetas foram verificadas pelas equipes da vigilância e, em algumas delas, foram encontrados alevinos (filhotes de peixe). Nesses locais, não há o risco de haver larvas de Aedes, pois os alevinos se alimentariam delas. Quanto à piscina e ao tanque de água do Centro da Juventude, ambos são tratados com larvicidas a cada três meses.

A secretária de Saúde reforça o alerta a todos e, principalmente, às gestantes, quanto aos riscos que envolvem o zika vírus, também transmitido pelo Aedes aegypti e recomenda que, preventivamente, as grávidas adotem o uso de repelente, repetidas vezes ao dia, o uso de roupas mais compridas e claras, para impedir picadas, e que portas e janelas sejam fechadas no amanhecer e no entardecer, que são horários de pico do mosquito.
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