4ª Regional justifica que Cuidados Continuados são responsabilidade do Ministério da Saúde

Com repasses governamentais atrasados há três meses, funcionários do Hospital Darcy Vargas ficaram sem salário…

20 de janeiro de 2016 às 09h15m

Com repasses governamentais atrasados há três meses, funcionários do Hospital Darcy Vargas ficaram sem salário por dois meses e ameaçaram cruzar os braços 

Da Redação, com reportagem de Paulo Henrique Sava

As três parcelas atrasadas de repasses do governo estadual para a manutenção dos serviços de cuidados continuados integrados no Hospital Darcy Vargas, em Rebouças, foram quitadas na última sexta-feira (15), de acordo com o chefe da 4ª Regional de Saúde, João Antonio Almeida Júnior. As parcelas se referiam aos meses de outubro, novembro e dezembro, no valor de R$ 80 mil cada. 

Segundo o chefe da 4ª Regional, o Estado fez o depósito integral, de R$ 240 mil, na sexta (15). Os funcionários ameaçavam cruzar os braços caso a promessa de enviar o repasse nessa data não se cumprisse.

De acordo com João, desde outubro de 2014, se aguarda que o ministro da Saúde – cargo então ocupado pelo sanitarista Arthur Chioro, substituído pelo psiquiatra Marcelo Castro – assine a habilitação. “Em abril do ano passado, com essa ‘falha’ do Ministério da Saúde, nós do governo do Estado, fomos sensibilizados com o problema deles, e decidimos repassar esse dinheiro que caberia ao Ministério. Desde então, estamos repassando R$ 80 mil por mês para serem mantidos os cuidados continuados integrados”, justifica o chefe da 4ª Regional.

Ao contrário do que disse o primeiro-secretário do hospital, Márcio Gobor, na semana passada, João declara que os repasses não foram efetuados pelo Governo Estadual a partir de novembro em função da inexistência de certidão negativa da entidade. Gobor falou em entrevista na última quarta-feira (13), que a documentação do hospital estava em dia. “Isso nos causou estranheza, porque o hospital sabia o tempo todo dessa situação”, relata o chefe da 4ª Regional.

“Conversamos sempre diretamente com o Márcio [Gobor], que é o secretário administrador do hospital, informando que não poderíamos fazer esses pagamentos. Tanto que até 29 de dezembro, que foi nosso último dia de expediente enquanto Secretaria Estadual de Saúde (SESA), tentamos fazer o pagamento e ainda havia pendências documentais do hospital”, defende João.

Ainda de acordo com o chefe da 4ª Regional, Gobor entrou em contato com ele, via mensagem, dizendo que o hospital já dispunha das certidões positivas e que a documentação do hospital estava toda regularizada. “Neste ano, foi a primeira vez, na história do governo do Paraná, que abrimos o orçamento do estado já no início de janeiro. Segunda passada (11), o Estado abriu o orçamento; na terça (12), o Márcio me mandou mensagem; na quarta (13), já em contato com o Michele Caputo Neto, nosso secretário estadual de Saúde, [disse] que estava tudo em dia. Nossos pagamentos da Secretaria são feitos às quintas-feiras para cair no banco às sextas-feiras”, explica João.

Santa Casa de Irati

Quanto à Santa Casa de Irati, o chefe da Regional salienta que os repasses do governo estadual ao hospital estão rigorosamente em dia e que não há nenhuma pendência nos contratos já firmados com a entidade. “Temos uma obra grande na Santa Casa de Irati, de mais de R$ 2 milhões, mas também estamos até adiantados na questão de pagamentos. Já repassamos para a Santa Casa aproximadamente 74% do valor, e a obra está em aproximadamente 69%, 70% [de sua execução concluída]. Assim que for feita a medição, vamos fazer um aporte ainda maior”, conta.


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