Moradores do interior de Irati contam com abastecimento comunitário de água

Sistema funciona através da captação de água de um poço artesiano e da distribuição pela…

12 de fevereiro de 2016 às 10h09m

Sistema funciona através da captação de água de um poço artesiano e da distribuição pela rede construída pelos moradores do Pirapó. Taxa de abastecimento deve ser paga até 30 de junho

Da redação, com reportagem de Rodrigo Zub e Paulo Henrique Sava

Há mais de 20 anos, os moradores da comunidade de Pirapó contam com um sistema próprio de abastecimento de água. Trata-se de um poço artesiano, cuja água é captada através de uma bomba e distribuída para aproximadamente 120 propriedades da localidade, mediante o pagamento de uma taxa de R$250 por ano.

Segundo o agricultor Carlos Hreciuk, responsável por coordenar o projeto, o pagamento da taxa deve ser efetuado pelos moradores até o dia 30 de junho, e pode ser dividido em até três parcelas.



De acordo com Carlos, na época da abertura do poço e da construção do sistema, a Prefeitura Municipal colaborou com o material utilizado na obra e a comunidade se uniu para construir toda a rede que distribui água de qualidade para os moradores. Ele comentou que raramente o sistema apresenta problemas. “Sempre dá um problema de queimar uma bomba, de estourar um cano, e falta água por um ou dois dias, mas é raro disso acontecer. Por isso, estamos precisando que quem já puder efetuar o pagamento deste ano, porque estamos com o caixa zerado. Temos um funcionário e a conta de energia elétrica que precisamos pagar, e dependemos de as pessoas colaborarem”, frisou.

Carlos comenta que, apesar de a água ser um item essencial, algumas pessoas ainda não efetuaram o pagamento da taxa de 2015. Ele diz que o valor de R$250 anuais será mantido ainda em 2016. “A taxa é anual, e não é cara, pelo benefício que a pessoa tem”, complementou.

O agricultor ressaltou ainda que, caso o morador deixe de efetuar o pagamento da taxa, terá a água cortada até que ele deixe o pagamento da taxa em dia. 

Como funcionava o abastecimento antes da criação do sistema

O agricultor conta que, antes da criação do sistema comunitário de abastecimento, todos os moradores da localidade possuíam um poço em casa, e alguns deles tinham bomba elétrica para levar a água até suas residências. “Tinha gente que pegava água com balde em um olho d’água da comunidade. Era assim que funcionava, mas era precário. Cada um tinha que ter o seu sistema, mas agora todo mundo se utiliza daquela água, que é de qualidade muito boa”, conta.

Ainda de acordo com Carlos, o projeto é mantido pelos próprios moradores. Ele comenta que a água é retirada de um poço profundo e recebe o cloro através de um sistema automatizado, que faz a reposição do produto. A bomba elétrica também é programada automaticamente para repor a água quando o reservatório está com nível muito baixo.

Limite de consumo

O agricultor explica que os moradores têm um limite de 12 mil litros de água mensais, dentro da taxa de R$250 por ano. As pessoas que utilizarem mais de 12 mil litros de água pagam uma taxa adicional, a exemplo do que ocorre com a taxa mínima cobrada pela Sanepar.

Ainda segundo o agricultor, a manutenção das máquinas e da rede é feita pelo funcionário contratado para cuidar de todo o sistema. “Às vezes, arrebenta um cano, dá uma enchente, precisa limpar a caixa d’água, ele limpa para a água ficar cristalina, para não ter problemas”, finalizou.

Carlos comenta que, além dele, mais três pessoas estão credenciadas para fazer a cobrança da taxa: Vilson Von Ryn, André Retzke (funcionário), que recebe pouco mais de R$390 por mês pelo trabalho, e Douglas Sluzala, que podem receber o dinheiro dos moradores. Em caso de dúvidas, a população pode ligar para o telefone 8414-2326. 

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