Jovem, de 18 anos, ateou fogo em uma mulher na região Metropolitana de Curitiba, no mês passado. Mulher morreu carbonizada

Da Redação

Um rapaz acusado de matar uma mulher em Fazenda Rio Grande, na região Metropolitana de Curitiba, foi preso no momento que realizava uma entrevista de emprego em Irati, na manhã de sexta-feira, 12.

Jean Clotário Guimarães, 18, confessou que matou Helena Krul, de 63 anos, no dia 12 de janeiro. O crime ocorreu na casa da vítima no Jardim Eucaliptos, em Fazenda Rio Grande. Após o homicídio, o suspeito fugiu para o município de Teixeira Soares, onde passou a residir na casa de um parente. O jovem também é acusado de ter cometido um estupro de vulnerável em São José dos Pinhais, na região Metropolitana de Curitiba.

Em entrevista à imprensa da capital, Jean disse que agiu sob o efeito de drogas e que não roubou nenhum objeto ou dinheiro da vítima. “Eu estava drogado e alcoolizado”, relatou o suspeito ao jornal “O Repórter”. 

Na mesma entrevista, Jean afirmou que a sogra de seu irmão alugou uma casa da vítima, a qual ele conhecia “pouco”. “Visitava [a vítima]quando a sogra do meu irmão morava na casa dela. Eu tava drogado e quando tomei em si já estava na casa dela. Fiz tudo isso, mas não roubei nada”, comentou. 

Já para a equipe de reportagem da Rádio Banda B, de Curitiba, o jovem disse que se desesperou ao ver a idosa desmaiada na cama. “Eu fiquei desesperado e quis tentar simular um incêndio. Eu não quis matá-la não”, garantiu. De acordo com a polícia, Jean consumiu crack e cocaína, momentos antes de atear fogo na casa de Helena, que morreu carbonizada. 

Segundo informações da Rádio Banda B, a porta da casa da vítima foi encontrada aberta e o forro queimado. “Ele falou também que ao entrar na residência se assustou com a reação de Helena e jogou uma pedra em sua direção, fazendo com que desmaiasse. Em seguida, tentou incendiar a casa, sem sucesso, e ateou fogo no colchão. Helena foi encontrada morta em cima da cama pelo filho”, revelou à Rádio Banda B, o delegado Fábio Machado, de Fazenda Rio Grande.

Conforme o Delegado, no dia do crime, Jean tentou simular que havia ocorrido um incêndio na casa. No entanto, a ação do suspeito não teve êxito, pois vários indícios davam conta que a mulher havia sido assassinada. “Já no início desconfiamos que não fosse acidente, já que nós encontramos sangue na entrada do quarto dessa senhora”.

Fábio relata que a polícia passou a monitorar o suspeito e teve conhecimento que ele faria uma entrevista de emprego em Irati. “Conseguimos prendê-lo no centro de Irati, no momento que ele estava se apresentando para uma entrevista de emprego. Ele confessou o crime, disse que estava drogado no momento dos fatos, que entrou na casa talvez para pegar objetos para comprar droga. Ele tacou uma pedra na casa dessa senhora, que foi muito machucada, caiu na cama e desmaiou. No intuito de fazer com que tudo aquilo fosse um acidente, ele ateou fogo na cama da senhora e num sofá da sala. O imóvel não se incendiou, os vizinhos perceberam os sinais de fumaça, foram até o local e a família conseguiu identificá-la na cama, mas ela já estava morta”, comentou. 

Até o momento, a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) foi descartada pelo Delegado. O suspeito está à disposição da justiça de Fazenda Rio Grande. A pena para o crime de homicídio pode chegar a 30 anos de reclusão. 

“Ocorreu uma investigação conjunta das Delegacias de Fazenda Rio Grande e São José dos Pinhais. O mandado de prisão foi expedido pela comarca de São José dos Pinhais, nós fomos até o local e cumprimos isso. Ou seja, há fortes indícios de que ele tenha cometido o crime de estupro em São José dos Pinhais. Ele também é réu confesso do homicídio praticado aqui em Fazenda Rio Grande”, diz Fábio.