Diretoria do campus de Irati da Unicentro é empossada

Afonso Figueiredo Filho e Erivelton Fontana de Laat assumem o campus no quadriênio 2016-2020. Dificuldade…

19 de fevereiro de 2016 às 08h21m

Afonso Figueiredo Filho e Erivelton Fontana de Laat assumem o campus no quadriênio 2016-2020. Dificuldade orçamentária será o principal desafio deste período

Paulo Henrique Sava

Em solenidade realizada na noite desta terça-feira, 16, nas dependências do auditório Denise Stoklos, foi empossada a nova diretoria do campus de Irati da Unicentro, eleita para o quadriênio 2016-2020. Os professores Afonso Figueiredo Filho e Erivelton Fontana de Laat assumem o campus pelos próximos quatro anos. 

A cerimônia contou com a presença do reitor da Unicentro, Aldo Nelson Bona, que foi reeleito nas eleições realizadas em setembro de 2015, do vice-reitor, Osmar Ambrósio de Souza, do diretor do Campus Santa Cruz, de Guarapuava, Ademir Fanfa Ribas, do diretor do Campus CEDETEG, Fábio Hernandes, e do prefeito de Irati, Odilon Burgath. 

Em seu discurso, o prefeito Odilon destacou que o município de Irati e toda a região da AMCESPAR têm uma ligação muito grande com a Unicentro. “A universidade é esta mola propulsora do desenvolvimento da nossa cidade e da região, em todos os sentidos, no desenvolvimento econômico, social, cultural e científico. Tudo que nós temos já há décadas na nossa cidade e na nossa região é um legado”, frisou o prefeito.

Apoio da comunidade

Em entrevista a Najuá, o professor Edélcio José Stroparo, que deixa a direção do campus após quatro anos, considera que teve um trabalho bastante árduo, com uma gestão bastante difícil. “Vivemos momentos difíceis porque a conjuntura externa não foi favorável. Vivemos as dificuldades todas do Governo do Estado, que neste período se refletiram internamente na universidade. Vivemos também um período bastante conturbado das movimentações das categorias, das greves e esta coisa toda. Tudo isto reflete na gestão”, frisou.

No entanto, Edélcio destaca o apoio dado pela comunidade iratiense no período em que ele esteve à frente do campus. Ele afirmou que o apoio da classe política da região também foi importante para que a universidade tivesse muitas obras em andamento em 2015, como a construção do prédio da biblioteca, que era um sonho antigo da comunidade acadêmica e já teve início, e as construções do novo ginásio de esportes e do Centro de Documentação (CEDOC). “São muitas obras que estão surgindo, algumas já iniciadas e outras que vão se concretizar ao longo da próxima gestão. Podemos dizer que, apesar das dificuldades, o balanço é bastante positivo”, comentou.

Crise afetará diretamente as universidades

O reitor da Unicentro, Aldo Nelson Bona, que reassumiu a reitoria da instituição por mais quatro anos, destacou que o contexto de crise pelo qual passa o Brasil deve se refletir diretamente na administração das universidades. “Nós entendemos que este é um momento para nos ajustarmos e planejarmos bem os anos futuros, para que consigamos nos manter firmes neste período, sem retrocessos, sem prejuízos, de maneira tal que, quando uma situação mais favorável se configurar, a universidade esteja com tudo em dia para continuar avançando”, comentou.

Crescimento da instituição

No entanto, Bona comenta que, apesar do cenário de grandes dificuldades, os últimos quatro anos foram de grande crescimento para a Unicentro. “Crescimento quantitativo, fundamentalmente na pós-graduação stricto sensu, com mestrados e doutorados, mas fundamentalmente crescimento qualitativo, se considerarmos, por exemplo, que, em 2012, de acordo com a avaliação do MEC, a nossa universidade era a 47ª colocada no país, passando com os resultados de 2013 para a 33ª posição, e agora, com os resultados de 2014 que foram divulgados no final de 2015, a Unicentro aparecendo como a 25ª melhor universidade do país, na avaliação do MEC. Isto mostra que, mesmo diante de todo este período de dificuldades, a nossa universidade manteve-se firme e deu sequência ao seu processo de crescimento com qualidade”, afirmou.

Desafio para a reitoria

Aldo comentou que o principal desafio para a reitoria da Unicentro será dar continuidade ao processo de estruturação da instituição nos próximos quatro anos. Segundo o reitor, ainda há muita demanda em termos de espaço físico na universidade. Além disso, Aldo afirmou que outro compromisso será a solidificação de ações na área da assistência estudantil. “Este tem sido um desafio grande que nós assumimos na nossa gestão. Conseguimos implementar ações, mas reconhecemos que precisamos ampliar muito, criamos inclusive um setor de apoio ao estudante, que vai trabalhar especificamente com a gestão destas ações da política de assistência estudantil”, pontuou.

Aldo comentou ainda que, com o orçamento aprovado na LOA de 2016, nenhuma universidade conseguirá fechar suas contas em 2016. “Já fizemos todas as projeções possíveis, a universidade está trabalhando com o mínimo indispensável, e não tem condições de bancar este mínimo indispensável com o montante orçamentário aprovado. Entretanto, historicamente, nós lidamos com estas dificuldades, quer dizer, em todos os anos, a universidade passa o ano inteiro lutando para ter o mínimo indispensável para seu funcionamento. Nós apostamos no diálogo como alternativa para a solução das demandas”, afirmou.

Fotos: Paulo Henrique Sava



Desafios da nova direção

O novo diretor do campus de Irati da Unicentro, professor Afonso Figueiredo Filho, falou sobre os desafios que a sua gestão terá nos próximos quatro anos. O principal deles será enfrentar as dificuldades de orçamento da instituição. “Temos uma empreitada difícil, mas que poderemos superar com bastante trabalho, bastante esforço e, sobretudo, com o apoio de toda a comunidade e que nós vamos ter da Reitoria, pois ninguém faz nada sozinho e precisamos do apoio de todo mundo”, comentou.

Prioridades do campus

Entre as prioridades do campus de Irati, Figueiredo citou a necessidade de uma reforma urgente no prédio que abriga o Restaurante Universitário, atendendo as exigências legais da Vigilância Sanitária. Para o diretor, este é um problema que precisa ser resolvido rapidamente. 

“Nós temos aqui problemas de toda natureza, problemas de espaço , porque a universidade cresceu muito e a infraestrutura não acompanhou. Temos necessidade de salas de aula, de gabinetes para professores, enfim, são muitas as necessidades, muito embora nós estejamos iniciando dois prédios importantes, um deles muito sonhado por nós, que é o da biblioteca, estamos começando uma obra para o Setor de Ciências Agrárias e Ambientais, que é a Bio 3 da Engenharia Florestal”, comentou.

Dificuldades financeiras serão o grande desafio da nova gestão

Para Figueiredo, assim como foi 2015, este ano será de grandes dificuldades financeiras para a instituição. “Mas a gente espera, ainda neste mandato nosso, que as coisas melhorem e que possamos avançar na evolução do nosso campus”, finalizou.

Eleições ocorreram em setembro

Figueiredo assume a direção do campus após ter sido eleito em setembro pela chapa “Orgulho de ser Unicentro”, quando concorreu ao cargo juntamente com os professores João Carlos Corso, que concorreu pela chapa “Unicentro de Todos Nós”, e Carlos Alberto Marçal Gonzaga, que disputou as eleições pela chapa “Autonomia Unicentro”. Esta foi a primeira vez que uma eleição para direção de campus teve três candidatos ao cargo.


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