Policiais apreendem facas, estoques e celulares na Delegacia de Irati

01 de março de 2016 às 10h17m

Objetos foram localizados nas celas durante operação bate grade. Pente fino foi realizado após presos danificarem estrutura da Delegacia

Da Redação, com reportagem Paulo Henrique Sava

Policiais civis e militares realizaram um pente fino na carceragem da Delegacia de Irati. A operação bate grade ocorreu na manhã de terça-feira, 1. Vários celulares, carregadores de celulares, serras artesanais, facas e estoques (armas improvisadas) foram encontrados nas celas. 

Os objetos foram apreendidos e ficarão sob responsabilidade da própria Polícia Civil de Irati. Segundo informações da Polícia Militar, foram apreendidos: quatro celulares marca LG sem chip, dois celulares marca Samsung sem chip, três celulares marca Nokia sem chip, quatro carregadores, um chip não identificado, um chip da operadora TIM, uma bateria sem marca, uma bateria marca LG e seis estoques, sendo duas facas improvisadas artesanais em folha de alumínio. Nenhum entorpecente foi localizado nas celas, conforme a PM. 

A Delegada responsável pela Polícia Civil de Irati, Eliete Kovalhuk, relata que houve a necessidade de realizar a operação bate grade após os agentes constatarem que a estrutura da carceragem havia sido danificada pelos detentos. “No fim de semana nós tivemos uma situação de agito aqui. Estávamos no meio de dois flagrantes que haviam chegado aqui, contudo, pessoal do fundo da carceragem começou a agitar porque queria atendimento médico. Isso era meia-noite de sábado, 27. Em retaliação, porque nós dissemos que só poderia dar o atendimento depois que nós encaminhássemos essa situação, eles cortaram cabo de aço, cortaram ferrolho das celas, então essa situação nos deixou bastante preocupados”, salientou. 

Eliete ressalta que durante inspeções de rotina na semana passada, policiais civis também descobriram que os presos estavam planejando uma fuga. Para que isso se concretizasse, os detentos cavaram buracos no interior das celas. “Descobrimos um ferrolho de cela cerrado, um buraco em uma das celas no teto, um buraco no corredor, ou seja, eles estão tentando fugir. O que acontece, a gente faz as nossas obras, nossos remendos, damos os nossos jeitinhos para evitar fugas e maiores responsabilizações. Por isso, essa operação bate grade que era mais do que necessária. Estava mais do que na hora para tentar localizar serras e estoques, que são as armas que eles usam para fazer esse tipo de conduta lá dentro. Já encontramos alguns celulares, já encontramos essas ferramentas e pretendemos fazer uma limpa para evitar futuras tragédias e maiores situações lá dentro”, comentou.

A Delegada explica que a estrutura deficitária da cadeia possibilita que os presos retirem os materiais e improvisem como armas para cavar buracos e tentar fugir do local. “A estrutura da carceragem é precária, eles estão sempre conseguindo tirar o resto da estrutura de ferro com esses pedaços de ferro (estoques) fazem buracos e essas destruições”. 

Fotos: Ciro Ivatiuk/Hoje Centro-Sul e PM/Divulgação

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