Depois de longa espera, obras na Alexandre Pavelski avançam rapidamente

Atraso se deu pela necessidade de reavaliação do projeto, que acabou por incluir a reestruturação…

08 de julho de 2016 às 14h26m

Atraso se deu pela necessidade de reavaliação do projeto, que acabou por incluir a reestruturação completa das galerias de águas pluviais

Da Redação, com reportagem de Jussara Harmuch
Passados oito meses da assinatura da ordem de serviço para as benfeitorias de recuperação da manta asfáltica da rua Alexandre Pavelski, no Alto da Glória, as obras tiveram início em maio e avançam a todo vapor. A demora se deu devido à necessidade de se reavaliar o projeto em relação às galerias de águas pluviais. Originalmente, não havia previsão para refazer as galerias. Um fato inédito, que contribuiu para que a prefeitura compreendesse a necessidade de refazer as galerias por completo foi a constituição de uma comissão formada por moradores para a fiscalização das etapas da execução do projeto, ponto exigido no convênio com o Ministério das Cidades, da qual a verba é proveniente, através de emenda do ex-deputado Federal, André Zacarow. 
O prefeito Odilon Burgath (PDT) considera que quanto maior o envolvimento da comunidade em atos de fiscalização, mais transparente se torna a gestão, com aplicação correta do dinheiro público. “Todos esses instrumentos são importantes, como é o caso do Observatório Social, que acompanha todos os processos, as licitações. Com a gestão participativa, todo mundo ganha, a cidade se fortalece, as associações se fortalecem e a cidade avança”, conclui. 
Na etapa atual, operários da Construtora Cathio Ltda, de Irati, executam a galeria pluvial que precisou ser reprojetada, o que representa um acréscimo de aproximadamente R$ 200 mil na contrapartida municipal. Em abril, foi feito um aditivo de contrato para que a empresa licitada executasse também os serviços de drenagem. A galeria antiga precisou ser retirada e está sendo refeita. Parte dela era construída com pneus. Agora, está sendo substituída por manilhas de concreto, com diâmetros entre 40cm e 80cm, conforme o trecho da rua e a necessidade de vazão. 
“Estamos fazendo as galerias de águas pluviais da Rua Alexandre Pavelski. Aí, sim, será feita a pavimentação da rua. Já está tudo garantido, com verbas federais. A prefeitura está investindo R$ 270 mil de recursos próprios na galeria de água pluvial”, descreve o secretário municipal de Arquitetura, Engenharia e Urbanismo, Sandro Podgurski. 
O secretário explica que essa etapa precisa ser executada com muita técnica e paciência, pois, a cada três ou quatro metros é encontrado um tubo, seja de esgoto ou de água, e a máquina precisa parar o serviço para ajustar os canos manualmente e, em alguns casos, é preciso chamar um funcionário da Sanepar.
Convênio
As melhorias nas duas ruas são aguardadas desde o final de outubro de 2014, quando a nova Rodoviária estava prestes a ser inaugurada. As duas vias – a Rua Dona Noca e a Alexandre Pavelski – são duas importantes ligações entre a Rodoviária e a BR-153 e devem servir para a chegada e saída de ônibus intermunicipais.   
No final de setembro do ano passado foi assinada a ordem de serviço para a execução da obra, que representava um investimento inicial de R$ 563.523,35 – sendo R$ 493.100 repassados pelo governo federal, por convênio com o Ministério das Cidades, através de emenda do ex-deputado Federal, André Zacarow e a contrapartida municipal prevista, até então, era de R$ 70.423,35. Com a reprojeção da galeria pluvial, a contrapartida do município deve ser, agora, da ordem de R$ 270 mil.   
A extensão a ser pavimentada é de 1390,20 metros. O trecho da Rua Dona Noca, entre a Praça Edgard Andrade Gomes e a Rua Alexandre Pavelski já foi executada. A execução das galerias pluviais fica a cargo da Construtora Cathio Ltda. A pavimentação será executada pela Construtora Tangará. As duas vencedoras das licitações são empresas iratienses.   
Todos os moradores da rua foram chamados para uma reunião que constituiu a comissão e foi designado como representantes Vitório Sérgio Menon e Daniel Grichinski, que fiscalizam tudo desde o início, quando participaram de uma reunião com a vencedora da licitação antes mesmo da assinatura da ordem de serviço.
Menon, que reside no local desde 1989, conversou com a nossa reportagem na semana passada, e falou sobre a importância da gestão participativa. “Sabemos quais são os problemas da rua. Não vamos dizer o que tem que ser feito, mas podemos dar dicas, por exemplo, sobre onde está passando a rede de esgoto”, comenta. 
De acordo com ele, a drenagem das águas pluviais era um dos principais problemas da rua, visto que a água já não escorria mais para dentro dos bueiros, e sim por cima da rua, vindo a se concentrar no trecho mais baixo. A água desce desde a BR-153. “Essa água que escorria por cima da rua ia parar, provavelmente, ali na Munhoz da Rocha, onde dava enchente. Quando foi feito o calçamento, boa parte das manilhas colocadas ainda era de pneu. Com o tempo, devem ter se soltado os arames e acumulado sujeira, de modo que entope mesmo”, acrescenta. 
O morador entende que a nova galeria pluvial era necessária também para garantir maior durabilidade para o asfalto, o que poderia ser comprometido se a drenagem fosse menor do que deveria. “O trabalho que estão fazendo agora é muito importante e muito bom, embora fique escondido em baixo da terra, mas é um trabalho de primeira linha”, elogia. 
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 O manilhamento deve custar em torno de R$ 270 mil, executado com recursos próprios do município. No início da descida da Rua Alexandre Pavelski, próximo à BR-153, estão sendo usadas manilhas de 40cm de diâmetro. A partir do cruzamento com a Rua João Batista Anciuti, as manilhas passam a ser de 60cm e a partir do cruzamento com a Rua Benjamin Constant (ao lado da Rádio Najuá), onde começa a descida mais forte da rua, as manilhas são de 80cm. 
Faz parte também do convênio a pavimentação da Rua Dona Noca entre a Praça Edgard Andrade Gomes e a Rua Alexandre Pavelski, já executado. O trecho final da rua, entre a Dona Noca e a Conselheiro Zacarias, onde fica o escritório regional da Copel, terá execução com recursos próprios do município, porque não foi incluído no convênio.

Asfalto X Velocidade

Menon teme que, com o asfalto, a rua se torne mais perigosa. “Muitas pessoas entendem que, quando se faz o asfalto, é para correr. Já conversei com o Sandro [Podgurski] sobre isso. Aqui é uma descida forte e, se alguém abusar da velocidade, vai acontecer acidentes”, diz. Ele pretende sugerir, na próxima reunião do Conselho Municipal de Trânsito, a instalação de um semáforo no cruzamento entre as ruas Alexandre Pavelski e Benjamin Constant.

Assista o vídeo filmado por Menon para sensibilizar as autoridades sobre a necessidade de reformular o projeto e contemplar a instalação de nova galeria de água pluvial.
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