Atleta é o 1° no ranking da Federação Paranaense de Jiu-Jitsu, mas busca patrocinadores para competir no WGP, de kickboxing
Da Redação, com reportagem de Élio Kohut
As artes marciais estão conquistando cada vez mais adeptos nas academias da região. Entre elas, o kickboxing é uma das modalidades mais populares. De acordo com o lutador prudentopolitano Fabulo Cardoso, o kickboxing é subdividido em divisões de tatame e divisões de ringue, como point fighting, light contact, kick light, full contact, low kicks e K1 rules, por exemplo.
Para atletas menores de idade e abaixo da categoria profissional, conforme Pablo, só é permitida a luta no tatame, sob o esquema de pontuação. Não são permitidos golpes mais fortes, como o knock down – quando um lutador derruba seu adversário com um golpe, mas este ainda é capaz de se defender. “A partir do momento em que a pessoa atinge a idade de 18 anos, ele já passa ao profissional e pode lutar no ringue. Já muda um pouco as regras e são permitidos golpes mais fortes, como knock downs e knock outs”, comenta.
O kickboxing é um esporte olímpico dentro das Olimpíadas Marciais, realizado à parte dos Jogos Olímpicos tradicionais que, por sua vez, trazem como únicas lutas, entre suas modalidades, o boxe, a esgrima, o judô, a luta olímpica (livre e greco-romana) e o taekwondo.
Comercialmente, nas academias, de acordo com Fabulo, o nome “muay thai” tem sido adotado para atrair novos praticantes. Porém, ao retirar os golpes mais contundentes, como as cotoveladas, passa a ser kickboxing. “É usado o nome muay thai bastante para atrair, mas o que é dado, dentro das academias, é o kickboxing, em que não é usado o cotovelo, e sim as canelas, punhos e golpes como a joelhada. São tirados golpes com o cotovelo, que machucam bastante”, explica. Nas competições de kickboxing, se o lutador usar a cotovelada para atingir o adversário, ele é automaticamente desclassificado.
Recentemente, Fabulo participou de competições, representando a Federação Paranaense (CBKB Paraná) no Rio de Janeiro e em São Paulo, como o 26º Campeonato Brasileiro de Kickboxing Adulto, que foi a seletiva oficial para o Pan Americano de Cancun (México), entre os dias 26 e 29 de maio, no Ginásio do São Paulo Futebol Clube. “Lutamos várias etapas no Rio de Janeiro e em São Paulo. São eventos que têm atletas de níveis bons mesmo. Estamos, cada vez mais, buscando nos adaptarmos e nos aperfeiçoarmos cada vez mais em nossos treinamentos. Não tive medalhas ainda e tem atletas que agora vão para Cancun, no México, que se classificaram. Eu, infelizmente, não consegui obter essa classificação dentro do kickboxing”, conta.
Por outro lado, Fabulo conquistou premiações em outras modalidades, como o jiu-jitsu. Recentemente, ele conquistou o bronze no peso e ouro no absoluto na 3ª etapa do Paranaense 2016, disputado no Ginásio da Universidade Positivo (UP), em Curitiba. Hoje, ele está em 1º no ranking da Federação Paranaense de Jiu-Jitsu Brasileiro (FPJJB), por já ter conquistado o ouro no absoluto em duas das três etapas.
Para a próxima competição no WGP, a ser disputada em Guarapuava, o atleta começa a focar em treinos mais intensos e a buscar uma dieta adequada, junto a um profissional de nutrição esportiva. Ainda não há adversário definido e tudo leva Fabulo a crer que deve competir na categoria para atletas de até 71,800kg (profissional WGP).
Pesagem
Um dos maiores desafios para o atleta que compete em artes marciais é se manter dentro do peso específico da categoria que pretende disputar. “Meu peso, em si, é de 90kg; mas para lutar dentro das categorias eu baixo para 70kg. São 20kg que eu tenho que perder. Para perder todo esse peso, levo mais ou menos 20 dias. Na última pesagem, perdi em 35 dias. Me desgastei bastante e é a parte mais difícil para o atleta. O treinamento em si não é difícil, ele vem se adequando, conforme os anos passam, a gente vem treinando cada vez mais”, salienta.
Fabulo e mais lutador de Prudentópolis viajam para o México em outubro, onde vão participar de competições naquele país.
Patrocínios
Fabulo está em busca de patrocinadores que o apoiem na participação em competições e nos treinamentos. Interessados devem entrar em contato pelo telefone (42) 9965-6128. “Estamos sofrendo bastante com a falta de estrutura e de equipamento. Para eu lutar no Rio de Janeiro, fazemos vaquinhas e rifas dentro da academia, os próprios alunos que bancam essa viagem do professor e de alguns atletas que representam a academia e a cidade lá fora”, resume.