Moradores preocupam-se com Arroio dos Pereira na Angelim Mosele

Diferente da maioria que pede asfalto, grupo de moradores pede eliminação de vazamentos de esgoto…

10 de julho de 2016 às 13h03m

Diferente da maioria que pede asfalto, grupo de moradores pede eliminação de vazamentos de esgoto no Arroio e melhorias na rua para o trânsito de pedestres

Edilson Kernicki e Jussara Harmuch 
Moradores da rua Angelim Mosele levaram até o conhecimento da Najuá a preocupação com vazamento de esgoto no Arroio dos Pereira, que acompanha boa parte da extensão da rua, e com a falta de passeio para pedestres nas margens do rio. Solicitações já haviam sido protocoladas na prefeitura, Sanepar e IAP e foram juntadas fotos da rua e dos locais de vazamento no arroio.
Procurado, o secretário de Arquitetura, Engenharia e Urbanismo de Irati, Sandro Podgurski, falou a respeito da possibilidade de realizar algumas intervenções. De acordo com ele, as melhorias, como a readequação de níveis, não integram o projeto de oito etapas para a contenção de alagamentos. Esse conjunto de obras para evitar enchentes terá sua última etapa – a construção de uma ponte – na Rua Alfredo Bufrem, que é a segunda rua paralela à Angelim Mosele, em direção ao Centro.
“Existe um segundo projeto que está sendo gestionado, junto com a liberação do futuro loteamento da Mata do Gomes, que é uma condicionante daquela negociação, para aí, sim, ter uma ação naquela região ali, inclusive, com a possibilidade, se ambientalmente possível, fazer uma bacia de contenção naquela região”, indica o engenheiro.
Melhorias nessa rua da área central, no entendimento do secretário, podem acontecer por duas vias. A primeira possibilidade seria a de as Secretarias de Arquitetura, Engenharia e Urbanismo e de Planejamento, conjuntamente, desenvolverem um projeto para, futuramente, buscar recursos externos (do Estado ou da União) ou, com recursos próprios, readequar aquele trecho. “Um projeto de readequação de mobilidade urbana: precisa ter calçada para o pedestre, precisa ter espaço para o veículo trafegar. E, nisso, já faz as contenções necessárias para que não venha a desbarrancar”, comenta. Outra possibilidade seria de responsabilidade da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, com uma intervenção mais imediata para evitar erosão.
A respeito do vazamento de esgoto que estaria ocorrendo através de um bueiro e também por ligações clandestinas, Podgurski comenta que encontrou a mesma situação na primeira fase das obras para contenção de alagamentos, que compreende o deságue do Arroio dos Pereira sobre o Rio das Antas, no trecho do prolongamento da Rua Coronel Sabóia, próximo à Moageira. “O Arroio dos Pereira, naquele ponto que deságua no Rio das Antas, não é água. É esgoto puro. Não é escape, são ligações diretas de esgoto, que é despejado no Arroio dos Pereira. Imagino que, com o tempo, primeiro, conscientemente, as pessoas vão mudando. Segundo, assim que a Sanepar der condições de essas pessoas terem um serviço adequado de coleta de esgoto, não terá mais isso”, denuncia. Ainda de acordo com o secretário, com a finalização desta etapa da obra, todas as ligações diretas de esgoto presentes no trecho da primeira etapa, desde a saída do Arroio dos Pereira sobre o Rio das Antas até a Rua Alfredo Bufrem devem ser eliminadas.

Sanepar

Vários protocolos foram feitos na Sanepar para tentar solucionar os vazamentos de esgoto. Também uma denúncia foi feita junto ao IAP. Depois disso, a empresa de saneamento esteve no local e vedou o bueiro sem, no entanto, limpar a área com a retirada do produto que vazou no córrego e se estendeu pelas margens. Os moradores constataram que mesmo depois da vedação, que ocorreu entre os meses de maio e junho, o bueiro voltou a transbordar.
Em nota, a Companhia de Saneamento do Paraná – Sanepar, respondeu à Najuá o seguinte: “A respeito da solicitação do Arroio dos Pereiras, a Sanepar realizou a manutenção no local e fará intervenções preventivas periódicas para evitar novos transbordamentos. O caso também foi encaminhado para estudo do setor de engenharia da Companhia, de forma a buscar uma solução definitiva para o problema”.   

Mata do Gomes

Uma ação efetiva na área poderia acontecer, segundo o secretário, com a liberação do loteamento e criação do parque ambiental da Mata do Gomes. No entanto, esta solução não parece estar muito próxima, pois ainda falta definir área do parque que foi acordada na assinatura do protocolo de intenções para ser constituída uma Comissão de Avaliação de Imóveis para consulta às imobiliárias sobre o valor do terreno no mercado.

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