Por intermédio da Najuá, Maria Edenise Nebesniak reecontrou o pai há pouco mais de um ano
Da redação, com reportagem de Paulo Henrique Sava
A ouvinte Maria Edenise Nebesniak, de 18 anos, visitou os estúdios da Najuá nesta semana para contar sobre como anda a vida depois do reencontro com o pai, Gilberto Vieira Duarte, após 15 anos de separação. O reencontro emocionado aconteceu na sede da Najuá, em 18 de outubro de 2015.
Maria Edenise conta que, em virtude da distância de 2,2 mil quilômetros que os separam, ela teve pouco contato presencial com o pai desde o reencontro. Mesmo assim, as conversas pelo telefone e pelo Whatsapp são constantes. A última visita do pai ocorreu antes do Natal.
“Logo em seguida ao encontro aqui, na semana seguinte, ele já me registrou, porque eu não tinha o nome dele no meu registro [a Certidão de Nascimento]”, conta.
Ela ressalta que o reencontro com o pai biológico foi um divisor de águas. “Sempre tive vontade de conhecer meu pai, porque eu não conhecia ele. Teve um significado muito grande para mim, porque minha vida era só minha mãe e eu e meu outro irmão. Mas faltava alguma coisa. O aparecimento dele preencheu um vazio imenso no meu coração”, resume Maria Edenise.
Depois do reencontro em Irati, Maria Edenise foi até Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso, onde hoje vive o pai, Gilberto, para conhecer a nova família que lá ele construiu. A jovem já conhecia o irmão mais velho, por parte de pai, Geverson Vieira Duarte. Mas ainda faltava conhecer o mais novo, Gilson.
Ela afirma que, a princípio, ficou apreensiva sobre como seria recebida pela família de Gilberto, principalmente pela atual esposa, pelo fato de ser filha gerada em outro relacionamento. Entretanto, a recepção, segundo Maria Edenise, foi até melhor do que poderia supor.
As buscas e o reencontro
Na época, então com 17 anos, Maria Edenise procurou o departamento de jornalismo da Najuá, estimulada por outros casos de ouvintes que procuravam reencontrar familiares com quem tinham perdido contato. Maria Edenise e a mãe, Ana Maria Nebesniak, moravam em Água Clara, no interior de Irati. A última informação que elas tinham sobre o paradeiro de Gilberto era a de que ele tinha ido morar no Mato Grosso, depois de um tempo trabalhando como motorista de ônibus no Taquari, em Rio Azul. Maria Edenise tinha um ano e dois meses quando o pai foi embora.
A mãe de Maria Edenise relatou à reportagem, na ocasião, que a filha já sabia desde os cinco anos de idade que o pai que ela conhecia não era seu pai biológico. O desejo de conhecer pessoalmente o pai ficou mais forte quando a garota tinha por volta dos 14 anos, quando tentou encontrá-lo através de redes sociais.
Entre a publicação do texto sobre a busca de Maria Edenise pelo pai e o reencontro se passou apenas uma semana. Gilberto viajou mais de 2,2 mil quilômetros, desde Campo Novo do Parecis (MT) para reencontrar a filha em Irati. A viagem levou quase dois dias.
Assista a entrevista de Maria Edenise no nosso canal no Youtube.
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